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ARM SUL-AMERICANA

Saiba como identificar os sinais da depressão

Há quem diga que a depressão é o mal do século. Muitas pessoas que a tem, sequer sabem que estão sofrendo dessa doença silenciosa e difícil de compreender. 

Mas, assim como outras doenças, existem sinais que podem ajudar a identificar a depressão, mesmo em seus estágios iniciais.

Para reconhecê-los, o primeiro passo é a informação.

De início, é importante saber diferenciar tristeza de depressão. Saber identificar essa diferença, pode ajudar pessoas a obterem o apoio ou o tratamento que precisam.

Situações adversas acontecem todos os dias. A perda de um emprego, a perda de um ente querido… essas e outras circunstâncias podem deixar as pessoas tristes… em luto. E, assim como na tristeza, a depressão também pode ser desencadeada por essas situações.

Mas a tristeza aparece em ondas, muitas vezes misturadas com lembranças positivas do ente querido, por exemplo. A tristeza não dura muito tempo, e mesmo triste, autoestima é mantida.

Já na depressão, existe o desinteresse, a desesperança e os sentimentos de inutilidade e auto aversão.

É importante lembrar que a depressão também pode ocorrer como resultado de uma herança genética, ou seja, há aqueles que tem mais predisposição genética a ter um estado de ânimo cronicamente depressivo.

Confira abaixo alguns sinais da depressão:

  1. Humor triste, ansioso ou “vazio” persistente;
  2. Estado de ânimo irritado ou desanimado na maior parte do tempo.
  3. Sentimentos de desesperança, luto ou pessimismo;
  4. Sentimentos de culpa, inutilidade e desamparo;
  5. Alterações no apetite
  6. Movimentos lentos, ou até muito rápidos
  7. Perda de interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades que gostava de realizar;
  8. Diminuição da energia ou fadiga;
  9. Dificuldade para dormir, despertar de manhã cedo ou dormir demais;
  10. Pensamentos de morte ou suicídio, ou tentativas de suicídio.

Nem todos os que estão deprimidos apresentam todos os sinais. A combinação deles é diferente para cada pessoa. É importante ressaltar que esses sintomas são mantidos por um tempo – não é uma questão apenas de alguns dias.

Na depressão, existem dois sintomas centrais que quase sempre são apresentados: a abulia e a anedonia.

A abulia é uma falta de motivação para fazer as coisas. Pessoas em depressão deixam de fazer atividades que antes as agradava: sair com os amigos, fazer esportes, ler livros… elas passam a experimentar uma ausência de força de vontade. 

E a anedonia é a perda de satisfação e interesse por atividades que antes eram prazerosas. Pessoas deprimidas passam a se sentir obrigadas a fazer as atividades que antes gostavam. Assim, sentem que precisam se esforçar para realizá-las, pois não lhes trazem mais o sentimento de alegria que sentiam antes. 

Esses sintomas passam a produzir inatividade.

Pois, quem está com depressão não tem a força de vontade para realizar as atividades que gostava, e quando as realiza, não sente mais a satisfação que sentia antes. Essa situação gera um ciclo que diminui a atuação dos reforçadores positivos.

Dopamina e Serotonina são exemplos desses reforçadores – que são neurotransmissores produzidos pelo cérebro a partir de atividades prazerosas, e são responsáveis por proporcionar um estado de ânimo estável.

Como no estado depressivo se perde a vontade e o prazer em realizar atividades, há uma perda na produção desses reforçadores positivos, então a pessoa deprimida entra em um ciclo, passando a apresentar um estado de ânimo cada vez mais depressivo.

A boa notícia é que é possível romper esse ciclo. 

Familiares, amigos e profissionais de saúde, como psiquiatras e psicólogos podem formar uma rede de apoio para ajudar quem está com depressão.

Se você sentir algum sintoma ou sinal citado acima, quase todos os dias, por mais de duas semanas, procure ajuda, você pode estar com depressão.

Não lute sozinho. Não é preciso. 

Não deixe que passe mais um dia sem pedir ajuda.

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